No terreno onde se encontrava a mansão de João Dente atualmente está o Edifício Grande Avenida, que fica localizado na Avenida Paulista, 1.754, a cerca de 50 metros da rua Peixoto Gomide.
O edifício foi projetado pelo arquiteto Lucjan Korngold, teve sua construção iniciada em 1962 e concluída em 1966 pela Stan Empreendimentos. Torre de escritórios com 20 andares mais subsolo, construído em concreto aparente, apresenta um estilo tradicional dentro dos preceitos do modernismo arquitetônico.
Antes deste edifício
Existem três episódios que marcaram a história do Grande Avenida. O edifício foi palco de dois incêndios, sendo o primeiro, sem grandes proporções, em 13 de janeiro de 1969, atingindo 14 dos seus 20 andares, porém o segundo foi uma tragédia noticiada em todo o mundo.
Em 14 de fevereiro de 1981, um sábado de Carnaval, o fogo iniciado na sobreloja do edifício, destruiu todos os andares do prédio, deixando 17 mortos e 53 feridos. A maioria das pessoas, eram funcionários da Construtora Figueiredo Ferraz, e estavam com um projeto atrasado, que deveria ser apresentado na quinta-feira, depois do Carnaval.
Além das viaturas do Corpo de Bombeiros, helicópteros particulares pousaram no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na área do vão livre para ajudar no resgate. Pessoas escreveram com cal no asfalto: Calma! Calma! Para os que estavam no prédio.
Dos andares que o Edifício Grande Avenida possui, apenas os últimos três não foram destruídos pelas chamas. Nos andares queimados ficavam localizadas três grandes agências bancárias, muitas salas e escritórios comerciais, além da torre de transmissão da TV Record que teve sua programação automaticamente interrompida.
O Memória Globo descreve que “uma das imagens mais marcantes foi a do auxiliar de escritório Cosme Adolfo Barreira que, desesperado com a violência das chamas, acabou jogando os dois filhos pela janela e depois se jogando numa laje logo abaixo. O pai e as crianças – Luciano, de cinco anos, e Elaine, de quatro – foram resgatados e não sofreram nenhum ferimento grave”.
Fotos: Delfim Martins – Itaú Cultural
Na reportagem veiculada no Jornal Nacional daquele dia é possível ver vários aspectos da tragédia, do trabalho dos bombeiros e detalhes da avenida na época.
E assim ficou o Grande Avenida pós incêndio…
O terceiro episódio que, no mínimo é muito estranho aconteceu em 9 de março de 2013.
Uma mulher deixou um crânio na entrada do prédio na Avenida Paulista. Nas imagens, feitas por uma câmera de segurança, a mulher chega com uma sacola e observa a entrada do edifício. Em seguida, retira de uma sacola um objeto redondo enrolado em um tecido vermelho, entra no prédio, deixa o artefato no chão e sai do edifício. O que era? Um crânio humano!!!!
Não são só os palacetes antigos nos premiam com histórias significantes, os edifícios atuais também carregam narrativas interessantes que são parte da nossa cultura e da grande avenida que é a Paulista!
Como chegar
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3 thoughts on “Edifício Grande Avenida: dois incêndios e um crânio humano na recepção”
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Ana Teresa Grecco
E o final da história a quem pertence o crânio….???
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Luciana Cotrim
Ana Teresa, ninguém descobriu…. !!!
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