O terreno onde estava a mansão de Armando Conde foi vendido ao Citibank (também do ramo financeiro) que construiu sua sede paulista batizada de Citi Center. O empreendimento foi inaugurado em 1988, com projeto do escritório Croce, Aflalo e Gasperini, capitaneado pelo arquiteto Gian Carlo Gasperini.

Antes deste edifício
O edifício mede 93 metros de altura e contempla 20 andares e contou com uma proposta arquitetônica arrojada para a época, caracterizada pelo pós-modernismo dos anos 80. Para ter alta visibilidade sua fachada foi construída em uma estrutura curvada, com pedra granítica rosa e o vidro laminado azul.
Segundo Edson Eloy de Souza,
Essa linguagem de volumes quebrados e curvos procura romper com a solução clássica internacional do curtain wall em primas (revestimento externo de um edifício, normalmente vidro, no qual as paredes externas não são estruturais) para esse tipo de edifício corporativo, indo em direção ao pós-modernismo.

A grande festa de inauguração da sede do banco americano aconteceu na Praça da Paz, no Parque do Ibirapuera, com a apresentação da orquestra Filarmônica de Boston, sob a regência do maestro hindu Zubin Mehta.
O banco contava com uma pequena galeria no nível do subsolo chamada “Espaço Cultural Citi” que foi aberta à visitação pública, onde expôs obras de arte de artista como Fernando Pacheco, Rubens Matuck, Marcello Grassmann, Rubens Gerchman, Luiz Paulo Baravelli, Gregório Gruber, Romero Britto, Newton Mesquita, Ivald Granato, Antonio Peticov, Maurício de Sousa, Claudio Tozzi, Marcello Nitsche, Aldemir Martins entre vários outros. Atualmente o Citibank patrocina o MASP e o Teatro Cultura Artística.
Em 2015, o Citibank patrocinou uma linda escultura da artista nipo-brasileira Tomie Ohtake. A estrutura da obra foi realizada em aço carbono, sendo pintada com tinta automotiva vermelha e prata, medindo 8,5m de altura e pesando 7 toneladas. A obra foi realizada em parceria com a Associação Paulista Viva e foi instalada no dia 14 de dezembro, em comemoração ao aniversário da Avenida Paulista, em frente ao edifício do banco.

Segundo Ricardo Ohtake, filho da artista, Tomie achava
importante que uma obra pública dialogue com a população e com o espaço público. Isso que é importante para ela. Então, essa obra na Paulista dialoga com a cidade inteira, porque todo mundo passa por lá.
Encerramos o texto de hoje sobre mais um edifício da Série Avenida Paulista, com uma matéria publicada sobre a instalação da obra de Tomie, que sempre sonhou em ter uma obra sua na Avenida Paulista, realizado no ano de sua morte, aos 101 anos.
Contribua com a Série Avenida Paulista: se tiver uma foto antiga em que este casarão/edifício/local público apareça ou se conhecer alguém que possa fornecer mais informações sobre a residência ou edifício e pessoas relacionadas (família, amigos e outros), entre em contato com a gente. Muito obrigada!
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