Neste local da Avenida Paulista, onde se localizava o palacete de Jayme Loureiro, no número 1000 (que na verdade era 1026), na esquina com a Alameda Campinas, foi erguido pela construtora João Fortes entre 1986 e 1988, o Edifício Paulista 1000, com projeto do escritório Croce, Aflalo e Gasperini.
Acreditamos que muito provavelmente o casarão de Jayme Loureiro foi abaixo por conta do risco de ser tombado, fato que aconteceu com muitos casarões naquele período. A história deste casarão pode ser contada em 3 capítilos pode ser lida aqui, aqui e aqui.
O projeto propôs uma nova linha arquitetônica com pesquisa de grelhas estruturais, que naquele período começava a despontar na cidade. A fachada composta por duas grelhas laterais em concreto aparente que funcionam como elemento principal da estrutura de concreto do prédio.
O térreo do edifício, recebeu tratamento paisagístico adequado e diversas esculturas, além de uma cúpula translúcida posterior ao volume do prédio. Com um total de 17 andares, por muitos anos, o prédio foi a sede do Banco Sudameris e pode ser visto na capa do livro em comemoração aos 80 anos do Banco Sudameris.
Atualmente, o edifício pertence a Savoy, empresa de planejamento, incorporação, construção e administração de negócios imobiliários, com sede no próprio edifício.
Logo na entrada, próximo as portas da agência do Banco Itau Personnalite, vemos duas esculturas clássicas, um casal que se entreolha.
E na lateral do prédio, as quatro primeiras estátuas representam as 4 estações e são seguidas por quatro outras figuras clássicas, perto delas, um lindo poste de luz antigo.
E na esquina do edifício um interessante poste, em estilo antigo, com 3 luminárias. O que você acha dessa decoração?
Para quem quiser ver com mais detalhes todas as esculturas pode assistir o vídeo caseiro intitulado Escultura na Paulista, realizado por Bernadete Valle.
Ainda, na entrada do Edifício Paulista há (havia?) uma obra da artista plástica Maria Bonomi. Intitulada “Dois Hemisférios’, a obre de 1987 é composto de módulos em concreto policelular e mede 550 x 2970 cm.
Vemos que o edifício apresenta uma mistura de estilos de arte, no modo como era chamada a arquitetura dos casarões, estilo “eclético”.
Até a próxima semana!
Contribua com a Série Avenida Paulista: se tiver uma foto antiga em que este casarão/edifício/local público apareça ou se conhecer alguém que possa fornecer mais informações sobre a residência ou edifício e pessoas relacionadas (família, amigos e outros), entre em contato com a gente. Muito obrigada!
6 thoughts on “Edifício Paulista Mil ou 1000?”
Pingback: O palacete e a história de Jayme Loureiro | Série Avenida Paulista
Pingback: Lembranças da casa de Jayme Loureiro | Série Avenida Paulista
Pingback: Lembranças da casa de Jayme Loureiro – parte 2 | Série Avenida Paulista
Britto
Curioso o arredondamento que deram para a numeração, de 1026 para 1000. Ou mil. Ficou interessante. Será que o 900 do prédio da Gazeta foi o mesmo caso? Talvez. Aliás, em 1980 eu ficava sentado na escadaria da Gazeta (fazia cursinho lá) e admirava um casarão tipo árabe na esquina com a Joaquim Eugênio de Lima. Creio que foi bem nessa época o “boom” que derrubou os casarões da Paulista. Parabéns pelo trabalho!
CurtirCurtir
Britto
ET.: não sei se gosto daquelas estátuas ao lado do prédio. Com certeza a proteção de vidro não contribui para a beleza do conjunto.
CurtirCurtir
Luciana Cotrim
Verdade! Mas como está ao ar livre, precisa de proteção.
CurtirCurtir