Localizado na esquina da Alameda Joaquim Eugênio de Lima, o palacete de Alessandro Siciliano deu lugar ao Edifício Winston Churchill, na Paulista número 807.

Antes deste edifício
O edifício foi fundado em 13 de março de 1972, com uma monumental construção à época. Erguido na quadra ente a Paulista e as Alamedas Santos e Joaquim Eugenio de Lima Abaixo, com entrada de pedestres nas três ruas pelo acesso à galeria de lojas, um mini shopping que fica no andar térreo. Abaixo uma foto do edifício sendo construído.

Em seu site, denominado Condomínio Edifício Sir Winston Churchill foi publicado o seguinte texto de apresentação:
Em 1971, cartazes eram afixados chamando compradores para os escritórios e lojas que se abririam. Sob o slogan “Todo Homem tem seu dia de Vitória”, os cartazes alertavam para a rentabilidade dos imóveis da região e seu potencial.
Utilizando frases alusivas ao estadista que lhe rendeu o nome, o empreendimento foi ofertado com ineditismo no que se dizia a respeito ao sistema ‘self-promotion’, que assegurava promoção permanente às lojas e manutenção de tráfego contínuo de compradores, tomando como exemplos os prédios comerciais americanos e europeus do momento.
A Gomes de Almeida Fernandes anunciava que “põe toda sua técnica e arrojo num edifício de concepção digna de nossa época”. Com 40,33m na Avenida Paulista, 118,76m na Alameda Joaquim Eugênio de Lima e 46,33m na Alameda Santos, caracterizava o que chamaram à época de “o ponto da Vitória”.

O edifício com estilo moderno apresentava uma galeria para lojas comerciais no térreo, uma inovação à época. Nesta galeria foi lançando os cinemas Gemini 1 e 2 que foram lançados em 1975 e que movimentaram a cena cultural da cidade, com sua decoração vintage herdada dos anos 60, e muito charme com carpetes com desenhos geométricos em azul e vermelho, cada cor para uma sala do cinema. Virou hit naquele período e sofreu um grande período de decadência, quando as grandes redes aportaram no país. Fechou as portas em 2010.




Carlos Alkmin, autor das fotos, disse “ainda deu para registrar o padrão desses carpetes/revestimento que eram “simplesmente um luxo”. O Gemini 1 era azul e o Gemini 2, vermelho.
Dois outros espaços marcam a existência deste edifício. A torre da rádio Jovem Pan que foi planejada desde a construção do prédio e continua lá até hoje.

Segundo o site do edifício, atualmente o condomínio “recebe, em média, 1300 visitas diárias registradas e possui mais de 1800 usuários cadastrados e 70 lojas com acessos nas três vias que o circundam”. E, claro, que não podíamos deixar de registrar com uma imagem a quadra lateral, na Alameda Joaquim Eugenio de Lima, com seus inúmeros bares e lanchonetes, que ficou famosa pelo movimento e, por muitos anos foi a prainha paulista, inclusive um dos bares assumiu o nome e foi batizado de “A prainha”.

Este realmente é um ponto da Avenida Paulista e da cidade com muita memória e história para contar. Uma dúvida permanece e se alguém puder ajudar a responder:
As salas do Gemini continuam fechadas até hoje. Houve até uma iniciativa do Cine Sesc ir para lá. Alguém saberia dizer como anda este processo?
Para matar a saudades, a matéria da TV Gazeta, em 27 de setembro de 2010, sobre o fechamento do Cine Gemini.
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