O sr. José Pucci, proprietário do casarão neste endereço, fez um acordo com quem adquiriu o terreno para erguer um novo prédio na Avenida Paulista, e negociou cerca de 10 conjuntos comerciais do edifício para repartir entre seus filhos, como forma de preservar a herança daquela casa.

O edifício mencionado, localizado na Avenida Paulista, 352 é exatamente o mesmo que permanece no local.
Foi levantado pela construtora Quota Empreendimentos Imobiliários e, na época, foi batizado com o nome de Louis Pasteur. É possível que tenha recebido este nome por conta do Instituto Pasteur, que fica na esquina, diagonalmente oposta da avenida. A construção com 17 andares, tem um total de 105 salas, sendo ocupadas por pequenas e médias empresas.
Um de seus primeiros ocupantes foi a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. O site da instituição informa, que em 1962, “o governador Carvalho Pinto decidiu conceder à nova instituição uma dotação de US$ 2,7 milhões para a formação de um patrimônio rentável”, e esse investimento permitiu que a FAPESP comprasse o 14º andar do edifício, para ser a sua primeira sede própria, que funcionou até 1977.

O andar foi vendido para a USP – Universidade de São Paulo. A transação foi alvo de protesto, como pode ser lido na matéria “USP pode ser investigada por gasto de R$ 30 milhões em terrenos e imóveis” de Cleyton Vilarino, do Jornal do Campus, publicado em 7 de abril de 2011, que descreve que “os conjuntos comerciais e vagas adquiridas pertenciam à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) que, por se tratar de órgão estadual, dispensou processo licitatório”.
A matéria informa sobre a compra de “um andar comercial do edifício Luis Pasteur, onde está instalada a empresa Avipam Turismo e Tecnologia, adquirido por R$ 3,6 milhões”. A empresa Avipam ocupava o 13º andar do edifício e, atualmente, está localizada no lado oposto da Paulista.
A USP anunciou a venda dos conjuntos em 2014. O preço reajustado seria de 4, 3 milhões, mas no mercado, valeria, 9,5 milhões.
Em sua história, uma ocorrência desagradável aconteceu em 19 de junho de 1992: o prédio sofreu um assalto. Durante a madrugada, ladrões entrarem nos escritórios de 8 andares.
Outro fato inusitado, a ocorrência de um incêndio no prédio no feriado de 7 de setembro de 2006 e, vejam onde: na empresa Avipam. Segundo o G1, “o fogo começou por volta das 10h45, no 13º andar do edifício localizado no número 352 da avenida, por causa de um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado”. O resultado foi prejuízo e duas vítimas, uma delas teve queimaduras na face e nas pernas e, a outra, teve uma intoxicação.

Atualmente, no prédio está o escritório da empresa Sal Cisne.
Por muitos anos, no andar térreo, funcionou uma tradicional loja do Fran’s Café, que estava aberta 24 horas. Era uma boa pedida para um cafezinho, pena que fechou…Hoje, no mesmo local, há uma loja da Droga Raia.

Contribua com a Série Avenida Paulista: se tiver uma foto antiga em que este casarão/edifício/local público apareça ou se conhecer alguém que possa fornecer mais informações sobre a residência ou edifício e pessoas relacionadas (família, amigos e outros), entre em contato com a gente. Muito obrigada!

4 thoughts on “O edifício Louis Pasteur na Avenida Paulista”
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Luna
No texto onde diz que quem construiu o prédio é a Quota está errado, a responsável foi a Construtora Paulo Taufik Camasmie.
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Luciana Cotrim
Olá Luna,
Muito oibrigada por seu comentário. A informação que foi publicado vem de uma fonte que pode estar errada. Você teria alguma publicação que mostrasse isso? A a Construtora Paulo Taufik Camasmie construiu mais algum edifício da Avenida Paulista? Você já viu as histórias da casa da família Camasmie? Aguardo seu retorno,
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