No terreno onde estava localizada a casa do Dr. Nicolau de Moraes Barros foi construído no atual número 1294 o Edifício Eluma, ocupando uma área de 44 mil m², o prédio foi inaugurado em 1977.

Antes deste edifício
Na bela foto abaixo da Avenida Paulista dos anos 1970 é possível ver, no lado direito, as placas no terreno, anunciando a construção do prédio.
Construído com 25 andares, chama a atenção por sua arquitetura diferenciada, assinada pelo arquiteto americano Charles Bosworth, radicado no Brasil.

Com um projeto de arquitetura modernista, o edifício apresenta faixas verticais, que ora são cheias e ora são vazadas, revestidas de mármore marrom, o conjunto proporciona uma presença forte entre os edifícios da avenida.

Uma história interessante e inusitada, conta que no momento da contratação pelo empresário Luiz Eduardo Campello, o pedido era para criar um edifício multiuso, cuja cobertura seria a sua própria residência. É nela que hoje fica a equipe que gerencia todo o prédio 24 horas por dia.
Anos atrás, o Eluma foi modernizado: foram instalados 8 elevadores Miconic 10, com sistema de chamada antecipada. O edifício foi o pioneiro na utilização dessa tecnologia na Av. Paulista. Além disso, o prédio ganhou o circuito fechado de TV e o controle de acesso, monitorados pela Central de Segurança que fica no próprio Eluma e novas quatro torres de resfriamento do sistema de ar-condicionado.
Por isso, o Eluma foi um dos edifícios escolhidos pela Cushman & Wakefield para tomar parte de um projeto mundial de certificação verde de edifícios. Por vários anos, o edifício abrigou o Banco Francês e Brasileiro, que foi adquirido pelo Banco Itau, atualmente, o prédio conta com uma grande agência do Banco Itau Personnalite – a agência Paulista, e em seus andares estão empresas como a Mitsubishi Corporation do Brasil, a construtora Helbor, e muitas empresas de serviços, como advogados, sindicatos etc.

Nos anos 1990, o empresário Campello, acionista controlador do Grupo Eluma, foi líder do mercado brasileiro de tubos, conexões e laminados de cobre. Ele deu o nome de sua empresa ao edifício. Sobre ele, o jornal GGN escreveu que
O empresário cearense era figura símbolo do high society. Era casado com Alice de Moraes Barros, filha de Nicolau Moraes Barros, ou seja, herdeira do palacete de uma das mais tradicionais famílias paulistas. Criou o Clube Samamabia no Guarujá, exclusivo e chique, em um lindo local único na ponta do litoral e esplêndida vista para o mar, reduto da grã-finagem nos fins de semana, no tempo em que o Guarujá era exclusivo. A Eluma tinha uma imponente sede na Av. Paulista em frente à Fiesp, o Edifício Eluma.
Na verdade, Alice, era herdeira do próprio terreno onde foi construído o Eluma. Tendo ela como exemplo, disse o famoso estilista Dener, quando definiu o que é ser uma mulher luxo:
São mulheres que têm tudo que têm as elegantes e um quê a mais. Elas não lançam moda, elas consagram a moda lançada pelas elegantes. É para as elegantes que elas servem de padrão. Por isso a mulher-luxo é sempre uma líder, tal como Alice Moraes Barros Campello é no clube mais fechado do Brasil, o Samambaia (que ficava no Guarujá).
Pois é, quando vocês passarem por este edifício na Paulista saberão o quanto de história aquele lugar guarda… E só uma bela e elegante foto para terminar essa história.

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