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  • O palacete e a história de Jayme Loureiro

    Posted at 14:33 by Luciana Cotrim, on setembro 4, 2021

    A Série Avenida Paulista já publicou muitas histórias de casarões da Avenida Paulista do século passado. Hoje publicamos o primeiro texto de uma bela trilogia histórica, sobre a casa e a família do Comendador Jayme Ferreira Loureiro, morador do antigo número 89A da avenida, esquina com a Alameda Campinas.

    O belo projeto e construção é mais uma obra do escritório técnico Ramos de Azevedo. Essa trilogia só foi possivel com a colaboração inestimável da poeta Flora Figeiredo, neta de Jayme Ferreira .

    Depois deste casarão

    Edifício Paulista 1000

    Jayme Ferreira Loureiro era um português que fez a vida na capital paulista. Não sabemos quando chegou, mas temos notícias suas no início do século passado. Era irmão do Comendador Manuel de Barros Loureiro e, na década de 1920, sua irmã, Casimira, uma médica portuguesa conceituada, trocou Portugal pelo Brasil, por conta de estar perto dos irmãos.

    Este primeiro é apenas um recorte de informações obtidas antes do contato com Flora e posiciona quem foi Jayme Loureiro. O Comendador casou-se com a Sra. Angela de Barros Loureiro e com ela teve os filhos: Jayme Ferreira Loureiro Filho, Jayro, Flora e José Eduardo. Toda a família morou na Avenida Paulista.

    Jayme Loureiro teve uma vida bastante produtiva na sociedade paulistana. Foi proprietário da Martins Costa & Comp., situada na rua José Bonifácio, que era um comércio atacadista de fazendas, roupas e armarinhos, empresa que passou por diversas composições societárias durante 20 anos, mas com o Sr Jayme sempre à sua frente.

    No lado profissional, foi membro do conselheiro consultivo da Bolsa de Mercadorias de São Paulo, da Associação Comercial de São Paulo e participante ativo da Câmara Portuguesa do Comércio.

    Em 1927, declarou que tinha orgulho de ter tido um excelente resultado financeiro em sua empresa, mas o mais importante era que 95% das vendas eram de artigos de produção nacional e destes 85% era de produção paulista, dando ideia de como nosso Estado foi importante, neste período, para o desenvolvimento econômico do país.

    O comendador foi membro destacado o Rotary Clube e foi o seu lado benemérito que mais deixou marcas na cidade, foi Provedor Mor do Hospital São Luiz Gonzaga no Jaçanã de 1922 a 1926, foi membro do conselho da Santa Casa de São Paulo e  provedor do Hospital dos Lázaros, Também foi presidente do Conselho deliberativo da Sociedade Portuguesa de Beneficência e grande incentivador e um dos financiadores do Instituto do Radium, hoje o Instituto do câncer Arnaldo Viera de Carvalho no centro de SP (este é o Dr. Arnaldo que dá nome a rua aonde está o Hospital das Clínicas).

    Ainda consta que na Rua 7 de abril, número 235 um lindo edifício chamado Jayme Loureiro, que foi projetado por Ramos de Azevedo e era de propriedade do comendador. Fundado em 1927, conserva a aparência da fachada até os dias atuais, foi tombado pelo Condephaat, fazendo parte do patrimônio histórico da cidade.

    Foto: Jefferson Coppola/Folha Imagem

    Uma de suas principais características é seu elevador com portas pantográficas.

    O projeto arquitetônico da reforma do casarão da Avenida Paulista, número 126, data de dezembro de 1938, e tinha a assinatura de Severo, Vilares do Escritório Técnico Ramos de Azevedo e foi realizado a pedido de Angela de Barros Loreiro.

    Sobre a linda mansão de Jayme Loureio, Benedito Lima, em seu livro, Álbum Iconográfico da Avenida Paulista afirma que

    a residência vincula-se ao classicismo francês com seus componentes habituais: mansarda (pequeno cômodo situado numa abertura do telhado, com parede inclinada e teto baixo), porte-cochère (via para passagem de carros), uma composição equilibrada. Seus jardins estendiam-se até a Rua São Carlos do Pinhal, com estufa, caramanchão e belo arvoredo.

    Década de 1970. Foto: Dani Labeau Figueiredo

    Em janeiro de 1936, o comendador sofreu uma grande perda: o falecimento de seu filho Jayro Loureiro, ainda jovem. O velório ocorreu na casa dos pais, à Avenida Paulista 89A. Neste mesmo ano, sete meses depois em agosto, faleceu o Comendador, sendo velado na própria casa.

    Detalhes desta história, junto com a surpresa, serão contados por Flora, descendente da família. Acompanhem!

    Contribua com a Série Avenida Paulista: se tiver uma foto antiga em que este casarão/edifício/local público apareça ou se conhecer alguém que possa fornecer mais informações sobre a residência ou edifício e pessoas relacionadas (família, amigos e outros), entre em contato com a gente. Muito obrigada!

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    Autor: Luciana Cotrim

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    Postado em Casarões | 3 Comentários |

    3 thoughts on “O palacete e a história de Jayme Loureiro”

    • Pingback: Edifício Paulista Mil ou 1000? | Série Avenida Paulista

    • Avatar de SUELI CAMPAGNOLO

      SUELI CAMPAGNOLO

      24 24America/Sao_Paulo maio 24America/Sao_Paulo 2024 às 10:29

      Que honra fazer parte da história desta família, que teve participação no comércio e influência no nosso querido Brasil; sou brasileira, e tenho no sangue a herança dos Loureiro. Um grande abraço a todos!

      CurtirCurtido por 1 pessoa

      Responder
      • Luciana Cotrim

        31 31America/Sao_Paulo maio 31America/Sao_Paulo 2024 às 01:52

        Que bacana, Sueli. Deve ser uma honra mesmo. A família é admirável.

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        Responder

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    • Sobre

      A Série Avenida Paulista conta as histórias dos casarões e das famílias que moravam na avenida e, também, dos edifícios que foram  construídos em seus lugares.

      Escrita por Luciana Cotrim, a série conta a história de mais de 80 casarões do século XX e dos edifícios atuais.

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